A Eisai, uma renomada empresa farmacêutica japonesa, enfrentou um sério contratempo esta semana ao se tornar vítima de um ataque de ransomware. Em resposta a esse incidente de cibersegurança, a companhia foi obrigada a desativar determinados sistemas. De acordo com a notificação oficial divulgada em seu site, o ataque foi detectado tarde da noite de sábado, 3 de junho (horário do Japão), resultando na criptografia de diversos servidores.
Como medida preventiva, a Eisai precisou desligar vários sistemas internos e externos, incluindo aqueles relacionados à logística, que permanecem inoperantes até que as investigações sejam concluídas. É importante ressaltar que os sites corporativos e os sistemas de e-mail da empresa continuam funcionando normalmente. No entanto, não foi especificado em quais países no exterior as operações foram afetadas, tornando incerto se a subsidiária brasileira foi impactada pelo ataque.
A Eisai agiu prontamente, implementando seu plano de resposta a incidentes, que envolvia o desligamento dos sistemas afetados, além de iniciar uma investigação interna. A empresa anunciou a criação de uma força-tarefa em toda a organização e está colaborando com especialistas externos para conduzir os esforços de recuperação. Adicionalmente, a companhia informou as autoridades policiais sobre o ocorrido.
A segurança dos dados também está sob análise, uma vez que ainda não se sabe se informações sensíveis foram comprometidas ou roubadas durante o ataque. Nesse contexto, existe a preocupação com a possibilidade de vazamento de dados. Além disso, o impacto desse ciberataque nas projeções de lucro da empresa para o ano fiscal atual ainda não pode ser determinado.
Até o momento, nenhum dos principais grupos de ransomware assumiu a responsabilidade pelo ataque e nenhum pedido de resgate foi feito em seus sites de extorsão.
Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que a Eisai sofre um ataque cibernético. Em dezembro de 2021, a empresa foi alvo de um grupo extinto de ransomware chamado AtomSilo. Embora o portal de extorsão do AtomSilo não esteja mais acessível, dados vazados pelo grupo indicaram que foram obtidos despejos de banco de dados MDF e LDF da rede da Eisai.
A Eisai, sediada em Tóquio, possui fábricas em diferentes regiões da Ásia, Europa e América do Norte, além de subsidiárias em ambos os continentes americanos, Ásia-Pacífico, África e Europa. No Brasil, onde está presente desde 2011, a empresa mantém uma fábrica localizada na cidade de São Paulo.
Com uma receita superior a US$ 5 bilhões no ano passado, a empresa conta com mais de 10 mil funcionários em todo o mundo. Além disso, possui 15 unidades de pesquisa médica no Japão, Reino Unido, Estados Unidos (Carolina do Norte e Massachusetts), sendo especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos para diversas formas de câncer, tratamentos de efeitos colaterais da quimioterapia, anticonvulsivantes, neuropáticos e medicamentos para demência.
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